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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Os sonhos lúcidos de Abayomi, o oneironauta


E escrevendo meus pensamentos, também me comunicava com meus autores, pois se somos histórias contadas pelo sonho de outros que nos sonham e nos contam da mesma forma que sonho e conto minhas histórias é possível que possa me comunicar com esses sonhadores através desses sonhos lúcidos, ou seja, através da literatura.

Este é um trecho do romance "Santos-Dumont número 8". No livro, "sonho lúcido" é usado como uma metáfora de "Literatura". Mas, será que é somente isso? Eu mesmo tenho minhas dúvidas. Quando Abayomi lê os livros, ele sonha, e através de seus sonhos lúcidos, as histórias que os livros contam, acontecem novamente, mas de uma forma estranha, mais clara, mais lúcida, como se Abayomi conseguisse sonhar o que as histórias segredam de suas entrelinhas. Em um outro trecho, Abayomi está intrigado com um sentimento que parece lhe ser sugerido por certo diário...

... Deles vinha uma voz, um pensamento talvez, que parecia insistir em indicar um caminho: Seja bem-vindo, aproxime-se, pegue uma cadeira, sente-se, abra um desses diários e faça com que todas essas coisas aconteçam novamente...

A definição de sonhos lúcidos é: um tipo de sonho cuja percepção consciente de se estar sonhando resulta em uma experiência muito mais clara - por isso o termo lúcido - permitindo, muitas vezes, um controle direto sobre as atividades e o conteúdo deste sonho.

O termo foi criado por um psiquiatra holandês chamado Frederik van Eeden em seu livro "A Study of Dreams" de 1913, mas existem referências a esse tipo de experiência em relatos tão antigos quanto os existentes no Antigo Testamento ou em cartas de Santo Agostinho.

Segundo uma outra personagem do Santos-Dumont número 8, Carolina Veríssimo, a atitude de Abayomi ler livros pode lhe fazer muito mal à saúde (já que dentro da cabeça de Abayomi, os tempos se encontram e, juntos, são capazes de promover rememorações do passado, e por mais incrível que pareça, do presente e até do futuro).

O que não é pouca coisa, pois enquanto Abayomi lê os livros, as causas das histórias que eles contam, passam a ser buscadas e não postuladas, o que pode de fato fazer muito mal à saúde de seu leitor, ou seja, Abayomi, o oneironauta.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Biblioteca Nacional: o grande "cérebro de concreto"



Um dos aspectos mais interessantes de escrever o SD8 foi a idéia de relatar um pouco da história e do dia a dia da Biblioteca Nacional (onde realizei parte de minhas pesquisas). O personagem principal, Francisco Abayomi, faz estágio na BN e o misterioso diário do "Santos-Dumont número 8" é encontrado lá. A partir do capítulo 6 também aparecem na aventura de Abayomi fatos e lendas do lugar onde, segundo o acadêmico Eduardo Portella, os tempos se encontram e, juntos, são capazes de promover a rememoração, a ocorrência e a premonição. Uma das tais lendas é aquela sobre... Melhor, copiar aqui um pequeno trecho do próprio "Santos-Dumont número 8". Vem do capítulo 6:

Também era comum comentar-se sobre os espectros daqueles convidados relacionados para o lançamento da pedra fundamental da Biblioteca Nacional em 15 de agosto de 1905, cujos nomes foram gravados a fogo em um pedaço de couro, que logo depois foi colocado e enclausurado em uma urna de aço enterrada no terreno sobre o qual foi erguido o prédio da biblioteca. A urna ainda está lá, mesmo depois de todos estes anos, e por isso, dizem, ainda mantém, presos naquele ambiente, todos aqueles fantasmas, com a promessa premonitória de que um dia no futuro, talvez não muito distante, retornarão à luz, com uma lembrança ainda nítida daqueles dias no passado...


Lendo o SD8 você poderá ter uma idéia do mistérios escondidos pelos salões do grande cérebro de concreto, protegido pelos leões da cultura, que se ergue na Av. Rio Branco, 219 e que guarda aventuras inesgotáveis para além do tempo e do espaço.

Visite também http://www.bn.br.



quarta-feira, 22 de novembro de 2006

É hoje! Bate-papo na Saraiva Ouvidor, 13h


É hoje! Será às 13h, na Saraiva Ouvidor (Rua do Ouvidor, 98A, Centro, Rio). Vamos conversar sobre o romance Santos-Dumont número 8. Será também praticamente um lançamento do romance para o grande público. E que bom que seja na Saraiva Ouvidor, um lugar especial, onde me abasteci de diversos livros na pesquisa para escrever o SD8. Essa é uma das "histórias por trás da história" que contarei no bate-papo de hoje. Aproveito para agradecer Ancelmo Gois (e sua espetacular equipe) que publicou em sua coluna de hoje uma notinha sobre o nosso evento (muito obrigado!). Então, é isso, espero vocês na Saraiva Ouvidor. Forte abraço!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Roteiro do bate-papo da Saraiva Ouvidor


É na quarta, 22/11, 13h. Saiu até uma notinha na coluna do Ancelmo Gois hoje! No meu blog , em http://claudiosoares.wordpress.com, já pode ser lido o roteiro do bate-papo. É claro que lá, tudo pode mudar, dependendo do interesse do público. Mas, vou tentar seguir o mais fidedignamente possível o roteiro. Então até lá!

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Bate-papo com Cláudio Soares na Mega Store Ouvidor, 22/11, quarta-feira, 13h



Temos um encontro marcado no próximo dia 22/11, na Saraiva Mega Store da Rua do Ouvidor, às 13h. O processo de criação do romance Santos Dumont Número 8, histórias e curiosidades sobre o supersticioso aviador Alberto Santos Dumont são algum dos temas do bate-papo na hora do almoço. Abraços e até lá!

Veja a programação cultural da Saraiva para o mês de novembro/2006.