O Coração de Santos-Dumont
Após a morte de Santos-Dumont, em 23 de julho 1932, aos 59 anos, em plena Revolta Constitucionalista, decidiu-se que seu corpo seria embalsamado para que mais tarde, com os ânimos menos acirrados, pudesse ser transferido de São Paulo para o Rio de Janeiro e, com o país lhe prestando as devidas homenagens, Santos-Dumont pudesse ser sepultado no mausoléu da família, que ele mesmo ajudara a construir poucos anos antes, no cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo. O médico responsável pelo embalsamamento, Dr. Walther Haberfeld, resolveu remover o coração do inventor. Guardou-o por vários anos. Em novembro de 1944, por intermediação de Paulo Gomide, na época gerente da Panair do Brasil (subsidiaria brasileira da Companhia Aérea Pan American Airways), o coração conservado, foi doado ao governo brasileiro, dentro de uma esfera dourada de aproximadamente 10 polegadas protegida pela figura alada de Ícaro. O escrínio, criação do designer Erico Monterosa, contendo o coração de Santos-Dumont, preservado em líquido especial, há mais de 60 anos, encontra-se guardado no Museu da Aeroespacial no Rio de Janeiro. A Time Magazine, edição de 20 de novembro de 1944, no artigo The Heart of Santos-Dumont, informava sobre a doação. O escrínio pode ser visto no MUSAL (Museu Aeroespacial) que fica na Av. Marechal Fontenelle, 2000, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, RJ. Tels. para contato: (21) 2108-8954 - (21) 2108-8955. (Foto: Biju Sotello)
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